terça-feira, 28 de março de 2017

Um Padeiro e seus pensamentos

Bom dia/tarde/noite para todos os leitores desse querido blog. Sou o Padeiro Cage e hoje, depois de um longo hiato, decidi fazer uma publicação! Uma salva de palmas bem calorosas, por favor!

Mas hoje será algo como um pequeno escape e uma forma de você refletir um pouco sobre si; sobre como você lida com o turbilhão caótico de sentimentos e pensamentos que você tem 24h por dia. Muitas vezes deixamos os problemas e pensamentos negativos de lado e tentamos sempre passar a imagem de que tudo está bem. Nessa madrugada de segunda para terça, depois de um tempo longo com meus deveres, fiquei abalado com algumas coisas e em vez de enfrentar isso, apenas fugi covardemente, dando a impressão de que não me afetou e estava firme e forte. Quem jogou Castlevania: Symphony of the Night, lembra de uma frase icônica que o Drácula diz antes dele e seu algoz, Richter Belmont, começariam seu duelo: "What is a man? A miserable little pile of secrets." (O que é o homem? Uma miserável pilha de segredos). Nada como a bela ironia do tempo em mostrar para você, conforme o passar, que tudo que você aprende ou guarda, tem um sentido. Essa frase fez um grande sentido e irei dizer o porque.

De começo se indaga sobre o que o homem (ser humano em geral e não somente o sexo masculino)*de verdade é. Geralmente achamos que a frase no todo é de efeito desafiador, mas apenas essas duas partes se destacam e ecoaram por um tempo na minha cabeça. Quando ele assim que pergunta e já responde, dizendo que somos uma "pilha miserável de segredos", ele tem razão, pois assim o fazemos em nosso dia a dia e nem chegamos a notar. Talvez tenha sido crucial o amadurecimento disto que estou falando, pois era algo saturado de tempos e que precisava soltar de alguma forma, mas ainda não tinha a certeza de como o fazer, pois se o fizesse da maneira completamente direta, poderia causar um efeito colateral maior. As vezes me indago o porque gosto quando as pessoas são diretas e abertas com minha pessoa e fico levemente chateado quando não acontece, mas realmente já refleti quantas vezes não sou totalmente aberto quando é minha vez de falar?

Medo, insegurança, tristeza... Tudo isso passa em nossas cabeças e elas nos atormentam todas as horas e em todos os dias. Eu sou igual a você, leitor. Posso não ter as mesmas experiências negativas que passou, mas eu tive as mesmas sensações iguais ou não na intensidade. É triste saber que sempre estará nas sombras de pessoas que já marcaram a presença ali e que, de certa forma saíram mas levaram um pedaço e você está simplesmente tentando preencher uma lacuna que não lhe cabe. Você fica inseguro de perder as pessoas que ama, de as vê-las partir e isso é natural nosso, pois não queremos e tememos a morte. Mesmo que em momentos frágeis de nossa vida (sejam elas por acidentes, causas naturais ou por desgaste emocional e psíquico)  a vejamos convidativa e de braços abertos, temos no nosso interior a persistência de viver. Pode muitas vezes machucar, mas viver é um dom!

Sim, sofremos calados muitas vezes até um ponto que o dique rompe e caímos. É algo natural e quando vem alguém para nos consolar, contamos nossas angústias, mas não todas. Apenas poucas pessoas terão o acesso a isso e é com elas que desabafamos, mas... E quando a causa de seu abalo ocorre de palavras proferidas dessa pessoa que amamos tanto e que moveríamos o mundo? Aproveito esse gancho para falar desse belo sentimento, tão difuso na boca de todos mas poucos realmente sabem seu significado e como realmente ele funciona: o amor. De forma crua, temos o amor ideal e o amor real. O ideal é aquele que apenas nos alegra, conforta nossos dias e tudo parece ser colorido e com flores, sempre com um sol a brilhar. O amor real também tem isso, mas tem dias de céu nublado, dias de chuva e vendaval, flores espinhosas, e apesar de nos alegrar também, ele nos entristece algumas vezes. O amor real é baseado na complexidade de relacionamento entre humanos, enquanto o ideal não passa de uma fonte desejos surreais e que não condizem com a vida como de fato ela é.

Voltando ao tema principal, nós somos sim uma pilha de segredos e que temos uma capa e máscara para nos proteger. Isso é normal, pois nem todos são dignos de conhecer suas fraquezas, mas aqueles que você mais confia lhe machucam (sendo intencional ou não) com certas atitudes/palavras, eis que o dilema surge, entre fingir que está tudo bem ou ser franco e acabar desencadeando um problema maior. engraçado que ambos causam isso. Hahahaha Vou usar um exemplo pessoal de quando fiquei bastante abatido (não entrarei em detalhes, mas o importante será dito). Por volta do ano de 2012-2013, passei por aqueles primeiros problemas da fase adulta, normal. Porém, 2012 perto do final não foi gentil comigo: eu havia entrado antes em um pequeno estágio de depressão, que somando com o restante que estava a passar na época, em uma madrugada que não conseguia dormir, fiquei muitas vezes com o pensamento de "Eu deveria me matar, sabe? Eu sou apenas um peso! Quero livrar meus pais desse incômodo que sou.". Quem me conhece, sabe que sou de riso frouxo e estou sempre apto a sorrir e brincar, mas realmente pensei nisso em um momento de minha vida. Isso foi em uma sexta-feira (nunca esquecerei) e no mesmo momento que pensei nisso, disse que "não", pois iria entristecer mais ainda minha família. Durante o domingo, em um ensaio musical com meus familiares na igreja local (essa parte é onde confirmei que sim, existe um Ser além de nossas compreensões e que se sou teimoso de continuar no errado, ele me dá sempre segundas chances (não anulando as consequências tomadas pelos meus erros)), no início da oração uma das familiares chegou até mim e começou a dizer exatamente TUDO que eu pensei, disse e fiz no meu quarto e apenas de uma forma que só EU havia dito na minha solidão ali. Meus pais não sabiam e não havia contado para ninguém. Estava na minha máscara, encobrindo minha dor. Ali fiquei novamente renovado, vi que não estava só e chorei as lágrimas que não desceram por noites. Atualmente, digo que em um tempo, fiquei apenas nesse momento de solidão e ali eu chorei. Homem deve chorar sim, mas não na frente de todos quando estiver em aperto. Chore sozinho ou ao lado da pessoa que escolheu viver ao seu lado, pois o companheirismo de casal é um dar suporte ao outro não só nestes momentos como em todos os âmbitos de suas vidas.

Estou passando por uma nova transição na minha vida. Acredito que não somente eu como os outros padeiros e até você, meu querido leitor, esteja a passar por isso. Uma mais alegre ou espinhosa, mas isso é algo que irá sempre ocorrer, nem só de flores vive um jardim, pois hora ou outra, nascerá uma erva daninha ou outras coisas acontecerão. Então quero que reflita sobre o quanto de peso você está carregando sozinho. Eu sei que somos egoístas e não queremos incomodar os outros com nossas mazelas, mas o relacionamento, sendo ele de amizade/família/casal tem de haver essa cooperação em dizer seus problemas e eles te ajudarem nessa árdua caminhada. Eu irei ainda passar por muita coisa, chorar por mais ou por menos e talvez ser feliz no trajeto desse caminhou ou ele acabar me machucando e eu decidir trilhar um novo rumo. Porque é assim a vida, meus queridos: você terá o melhor e o pior em algumas escolhas e trajetos, mas você decide parar no sofrimento e lamentar ou caminhar em busca de um novo horizonte.

Se cuidem e fiquem na paz.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Santana's Silver Nuzlocke Adventure: Capítulo 14: Tem que ser Blindão



Enquanto eu saia de Mahogany o Professor Elm me ligou e disse que tinha algum problema com a torre de rádio. Ok, agora aquilo que o Lance falou começa a fazer sentido. Mas o que eu tinha a ver com aquilo? Mas o Elm insistiu e eu acabei voando de volta para Goldenrod, a cidadezinha do meu nojo.